A Rua Babilônia encontra-se de luto hoje. Justo hoje, dia em que faço 37 anos, perdemos uma grande pessoa, um grande amigo: Paulo Roberto do Nascimento, ou simplesmente Paulinho.
Preferia estar a escrever sobre minha infância, adolescência e vida adulta na Babilônia, destacando aqui meu papel de "João" frente ao habilidoso Paulinho nas peladas da Quinta e da Rua das Estrelas e das confusões que nós arrumávamos quando disputávamos com times de outras redondezas: sempre havia alguém com alma pequena que se sentia humilhado e partia para cima de nós, enfurecido com a caneta que havia acabado de tomar do negão. Além de defendê-lo, éramos obrigados a aturar o risinho de canto de boca e o cochichar ao pé do ouvido: "sou craque, amigo!"
E toda essa habilidade frente a um kichute velho, um sapato verde, ou mesmo descalço. Teria ele apoio de algum clube ou empresário sério e, certamente, já teria despontado para os campos do Brasil e do exterior. Mas Brasil é terra da gente...
Preferia hoje estar a tomar uns copos com negão, admirando sua excelente forma física, sua já falada habilidade no futebol, sua capacidade de se dar bem com todas as pessoas e estar bem consigo mesmo. Era difícil ver o Paulinho de mal humor ou de mal com a vida. Era difícil alguém brigar ou não gostar do Paulinho. A presença do Paulinho na roda de amigos, nas esquinas da Babilônia, contagiava todos.
Ficam aqui meus pêsames a toda a família, Wilson, Rosa e Flavinha. A Babilônia hoje ficou mais triste do que nunca.Se eles me permitirem, gostaria de postar algumas fotos aqui como última homenagem.
Manelzinho (André Ribeiro)
Cara que bacana André,descobri agora por acaso, parabéns tua falando do Paulinho eu vi o cara nas tuas palavras ele cantando duas amigas minhas na Lapa pedindo para eu da uma força pro negão rss.
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