sexta-feira, 1 de abril de 2011

Maneca - Rua Babilônia, nº 45 Casa 08

É com grande satisfação que apresento neste blog um dos mais ilustres moradores da Babilônia, 45 casa 8: Sr. José Olímpio dos Santos, conhecido carinhosamente por Maneco, ou Manequinho, ou Maneca. Certamente este apelido se deve ao mascote Manequinho, tendo em vista o amor que tem pelo seu time do coração, o Botafogo.

Nascido em Varginha, Minas Gerais, em 31 de março, filho de Olímpio Misael e Ana dos Santos, o Maneca morou por lá até seus 17 anos de idade, quando veio para o Rio e por aqui se firmou até os dias de hoje.



Chegando ao Rio de Janeiro, foi morar na Av. Maracanã, no mesmo local de seu emprego como marceneiro em uma antiga fábrica de móveis. Depois passou por inúmeros lugares por aqui mesmo na Tijuca, como Barão de Mesquita e Deputado Soares Filho.
Por aqui fez inúmeros amigos, que aparecem na vila até hoje, como o Sr. Geraldo, Chapinha, Eupídio, etc. Aliás, não é difícil entender por que o Maneca possui tantos amigos. Com 10 minutos de conversa e mais um chopp, é fácil e agradável tê-lo como um amigo.
As fotos a seguir aparecem o Maneca e alguns de seus amigos de longa data na Praça Vanhargem, década de 1950. Reparem nas duas últimas fotos a pose de galã do Sr. Geraldo e do irmão Armando. E o Chapinha que, em 1956, ainda tinha um pouco de cabelo!







Na
Na vila
Na vila 45, veio morar em 1970 (durante a copa do mundo) na casa 12, habitada pelo sr. Iderlindo que, na época, estava montando sua casa própria e se mudando para o início da rua Babilônia. Em algumas dessas ocasiões, conseguiu juntar algumas economias e visitar seu pai, em São Paulo. A foto abaixo foi tirada em uma das suas visitas em 1977.

É do início da década de 1980 que eu tenho as primeiras lembranças do Maneca. Moravam ele e o sr. Azevedo, com seu taxi Volkswagen 4 portas.


Quando criança, gostava muito de estar com eles, em especial durante os mutirões organizados para alguma melhoria na vila. Me lembro bem da mudança na rede de águas pluviais, da casa 10 até a minha casa, a 16. Eu deveria ter no máximo uns 8 anos de idade. Em um dos dias, fui comprar cimento com o Manequinho e ele me trouxe de carona em um carrinho de mão. O Sr. Eupídio (que brevemente espero entrevistá-lo), vizinho da casa 11, também era ativo participante desses mutirões.

O Maneca e o sr. Azevedo ficaram na casa 12 até 1990, quando se mudaram para a casa 8, antes habitada pela D. Lola e a Sueli, sua filha (que brevemente espero entrevistá-la para manter a memória deste blog). Com o falecimento do Sr. Azevedo, passou a morar sozinho. Entretanto, os amigos nunca o abandonaram. É comum ver o Maneca conversando com alguém no início da vila e recebendo seus amigos em sua casa. Também sempre o vemos em companhia da sua cachorrinha de estimação, a Estrela.

Aos amigos da Babilônia: reconheçam os grandes personagens que estão aqui nesta foto!

 

Certamente o Maneca é uma pessoa que está no coração de todos os moradores da vila 45 e das demais pessoas que frequentam os seus arredores. Seu bom humor, seu carisma e sua ‘simpatia mineira’ realmente são contagiantes. Ontem, dia 31/03, foi seu aniversário. Não postarei a sua idade por que ele não gosta de divulgá-la assim a esmo. Apenas para algumas poucas pessoas ela é divulgada. No mais, não é um dado tão importante assim. O mais importante é que Deus lhe dê muito mais anos de vida e muita saúde, para que sua bondade continue nos contagiando e que continue fazendo parte da história da Babilônia 45. 

Meus parabéns, amigo Maneca! 

Manelzinho (André Ribeiro)